quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Simplesmente


Uma vez acordei feliz. Sabia que não havia nada que pudesse me preocupar. Quando senti vontade de pular, pulei. E quando quis gritar, gritei. Senti que o dia era meu e que a noite também. Não tentei mudar nadam apenas vivi.



Fiz com que uma simples tarefa se tornasse algo útil e agradável. Com um pouco de música, arrumar o quarto foi como tomar uma sorvete na praia; e benefícios vieram: encontrei um diário perdido.



Ao ler o pequeno caderno rosa, vi que na infância todos os dias eram como esse, nada me abalava. E dai, a hora se tornou curta, me perdi nos restícios de minha infância, compilada a ler cada página de minha felicidade passada, hoje perdida em um mar de preocupações. Levantei. O dia ainda era meu. Ao guardar as lembranças, senti um alívio, elas eram boas, mas eu decidi apenas olhar para frente, para futuramente tornar o presente um bom passado.



Ainda não eram nem meio dia, fiz algo bom: panquecas. Enquanto quebrava os ovos e enchia a xícara de leite, ouvia o embalo de Michael Bublé. Tudo estava bem e eu me sentia livre.



Livre pra voar! Corri pra cama numa velocidade incrível e saltei no colchão. Pulei cada vez mais alto, como se quisesse alcançar o céu, mas ele não estava ao meu alcance, então, toquei o teto. Todas as minhas frustrações sumiram e só eu estava ali. Só.



A mola ainda rangia e reclamava. Mas eu ria, feliz.






[A felicidade me basta, com ela posso alcançar as nuvens.]



2 comentários:

  1. [A felicidade me basta, com ela posso alcançar as nuvens.]

    ADOREI ! *-*

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  2. Omg, vc escreve mt bem... Pq ainda não tinha me dito pessoalmente desse blog?
    Parabéns! Muito bom! Bjs!

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