sábado, 3 de outubro de 2009

Daqui pra frente...


Vou tentar fazer tudo diferente. Não quero mais saber de regras e nem de reclamações. Eu quero curtir a vida. Quero viver tudo que há de bom e aproveitar cada oportunidade. Não quero mais ter que me preocupar com aquilo que me atormenta.

Às vezes tenho vontade de jogar tudo pro alto e gritar feito uma louca. Tenho vontade de comer a sobremesa antes do almoço e de não ter que lavar a louça aos sábados. Tenho vontade de dormir até mais tarde todos os fins de semana.

Quero poder correr descalça mesmo não tendo mais idade. Quero dançar na chuva, sim! Quero ficar acordada até mais tarde lendo um livro ou conversando com um amigo, sem ter que ouvir reclamações. Eu quero, pelo menos mais uma vez, brincar de polícia e ladrão ou jogar queimado nas férias. Eu quero cantar alto e rir animada se tiver vontade. Quero pular numa poça de lama. Quero dormir olhando para as estrelas. Quero as amizades que perdi (e o tempo também) de volta. Quero...

E eu queria. Eu queria não ter que me preocupar em crescer. Em decidir a minha vida aos 16 anos. Queria que o mundo fosse tão bom quanto nos sonhos. Queria que todos os meus desejos se realizassem. Que aquela estrela cadente pudesse fazer isso.

Mas essa não é a questão.

Daqui pra frente eu não vou mais querer, eu vou fazer. Não me importo mais. Não tenho medo de consequências [contanto que sejam boas (e vão ser)] e elas não têm medo de mim. Vou continuar desejando e querendo, mas não vou ficar só esperando, vou correr atrás. Daqui pra frente tudo vai ser diferente.


[Eu queria ter um doce com gosto de felicidade, iria distribuí-lo pra quem precisasse]

Atrás do muro?


Procurei em tudo que era canto e não achei nem uma pista. Porque será que ele cisma em se esconder de mim? Será que é tudo paranóia?

Achei que ele simplismente não quisesse me ver. Eu não sei, talvez estivesse bravo comigo. Mas dai eu vi. Eu vi todas as atrocidades que ele cometeu simplismente por não aparecer. Foram tantas guerras, tanta fome e abandono, foram mortes e tristezas sem fim. E ele não apareceu mesmo assim. Abandonou parte do mundo sem nem dar satisfação.

Quando eu estava quase desistindo ele apareceu e implorou por ajuda. Fiz o possível, mas aquela mesma parte do mundo foi a prova de que talvez já seja tarde demais. Eu disse isso à ele. Mas ele não concordou.

Decidiu lutar pra mudar a situação. E está fazendo mais do que o possível. O amor é insistente e, depois que mudou, mais batalhador do que eu mesma possa provar. Talvez as coisas melhorem. Principalmente se cada uma contribuir. Juntos podemos fazer com que o mundo seja um lugar melhor pra se viver. Não vou desistir e ele também não.


[de pequenos gestos nascem grandes ações]